quinta-feira, 21 de abril de 2011

Presidente Dilma Rousseff tem o desafio de impedir a volta da inflação

Dilma é uma das cem pessoas mais influentes do mundo

O que Lula levou oito anos para conseguir, ela obteve no primeiro ano de mandato

O que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou oito anos para conseguir, a presidente Dilma Rousseff conseguiu no primeiro ano de mandato. Segundo a revista Time, ela está entre as cem personalidades mais influentes do mundo em 2011. Todos os anos, a publicação americana elege as pessoas que mais se destacaram, entre líderes, artistas e empresários. O ex-presidente conseguiu estar na lista no ano passado, mas apenas no final de seu segundo mandato.
Revista Veja -
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"É inegável que a presidente Dilma Rousseff fez história ao se eleger: a primeira mulher a ocupar o posto mais alto do executivo do país. Além disso, está dando exemplo de que sua postura a frente da Presidência da República é pautada por mais ação e menos discurso político - ao contrário do que fazia o ex-presidente Lula. Dilma Rousseff tem demonstrado sua força e sua política de resultados ao cobrar dos seus ministros uma linha clara na atuação de cada pasta. Não sou político, sou jornalista, e nem mesmo filiado a nenhum partido político. Mesmo assim, acredito que é preciso reconhecer a condução correta de um trabalho que está apenas começando. 
Apesar do início bastante satisfatório, a presidente tem um desafio gigantesco pela frente. Controlar a volta da inflação. O problema já preocupa boa parte dos brasileiros, em especial a classe média, e começa a assustar toda uma geração que nasceu após a criação do Plano Real. Esses jovens não vivenciaram o que é chegar em um supermercado pela manhã e encotrar um produto com um determinado preço e ao voltar a tarde ou a noite o mesmo produto já estar com o preço alterado. Essa era uma cena terrível. O dinheiro sem valor, corroído pela implacável, injusta e cruel inflação. 
O Copom (Comitê de Política de Monetária) acaba de anunicar um aumento tímido da Selic, elevando para 12% ao ano a nossa taxa de juros. Parece pouco para uma escalada de consumo que traz de carona a alta de alimentos industrializados, dos combustíveis (em Brasília é um absurdo o litro de gasolina por quase R$ 3,00), aluguéis, energia elétrica e outros itens indispensáveis para qualquer família brasileira. Que a presidente concentre suas atenções a partir de agora nas ações do Ministro da Fazenda, Guido Mantega, e que o remédio para essa doença chamada inflação venha na dose certa.
 
Cládio Marcos - Jornalista

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