26/05/2011 - Brasília - Ouça a reportagem completa: aqui.
Ministro do STF, Dias Toffoli durante Audiência Pública na Câmara. |
Toffoli preside uma comissão de juristas criada pelo Senado para elaborar um anteprojeto do novo Código Eleitoral. Em sua opinião, o País deveria adotar o financiamento público de campanha complementado apenas por contribuições de pessoas físicas, limitado ao teto de 10% da renda declarada no ano anterior.
“A contribuição das pessoas jurídicas acomoda os partidos”, disse Toffoli, para justificar a restrição a doações de empresas. Por outro lado, adotar o financiamento exclusivamente público seria, segundo o ministro, uma intervenção na liberdade do eleitor. “O cidadão tem todo o direito de colaborar com seu tempo, sua militância e também com o dinheiro”, afirmou.
A diferença econômica entre os eleitores, na opinião de Toffoli, também não desequilibra o sistema político. “Não podemos criminalizar aqueles que têm condição econômica maior que outros.”
Judicialização da política
Toffoli criticou também a judicialização do processo eleitoral e defendeu regras mais claras para as eleições. “Não acho prudente e correto que a democracia brasileira tenha cassado mais que o regime militar”, disse. Segundo o ministro, os partidos hoje costumam recorrer à Justiça em busca de poder. “Muitas vezes, a judicialização da política é uma politização da Justiça. Todos perdem com isso.”
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