quinta-feira, 2 de junho de 2011

Justiça Federal nega alegação de insanidade de ex-promotora do DF


Deborah Guerner é acusada de envolvimento no mensalão do DEM. Defesa alega que não foi comunicado da continuidade do julgamento.

A Corte Especial do Tribunal Regional Federal da 1ª Região decidiu nesta quinta-feira (2) que a promotora de Justiça Deborah Guerner não sofre de insanidade e, portanto, deve responder pelos crimes dos quais é acusada.

Por unanimidade, os desembargadores negaram um pedido da defesa que alegou insanidade para que a promotora não pudesse ser responsabilizada pelo suposto envolvimento no esquema de corrupção no DF, conhecido como mensalão do DEM. O advogado da promotora, Paulo Sérgio Leite Fernandes, disse ao G1 que não foi comunicado da continuidade do julgamento.

"Eu não tenho ciência de que o julgamento continuaria hoje, eu não fui intimado. Se julgaram isto hoje, sem intimação dos defensores, essa decisão é nula”, disse.

O julgamento sobre a possibilidade de insanidade da promotora foi interrompido no último dia 19 de maio por um pedido de vista da desembargadora Ângela Catão. Depois de analisado esse pedido da defesa, a Corte vai decidir se abre ação penal contra Guerner e o ex-procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra.

O julgamento que negou a alegação de insanidade da defesa da ex-promotora foi fechado e ainda não há data prevista para que a Corte analise se Guerner e Bandarra responderão a processo.

Deborah Guerner e Leonardo Bandarra foram denunciados pelo Ministério Público pelos crimes de extorsão, quebra de sigilo funcional, prevaricação e formação de quadrilha. Segundo denúncias do delator do suposto esquema, Durval Barbosa, Guerner e Bandarra teriam cobrado R$ 2 milhões do ex-governador José Roberto Arruda para não divulgarem o vídeo em que ele aparece recebendo dinheiro de Durval Barbosa.


Além disso, de acordo com Barbosa, Bandarra e Guerner teriam cobrado propina para vazar informações da Operação Megabyte da Polícia Federal para Durval Barbosa. O ex-procurador-geral do Ministério Público do Distrito Federal e a promotora negam as acusações.

Prisão

Deborah Guerner e o marido, Jorge Guerner, chegaram a ficar oito dias presos na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, acusados de interferir do processo ao simular insanidade mental.Vídeos gravados pelo circuito interno da casa da promotora mostraram ela supostamente tendo aulas com o psiquiatra para parecer ter transtornos mentais.

Fonte: G1

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