Adriana Vasconcelos e André de Souza - O Globo
BRASÍLIA - Parlamentares da oposição e do grupo independente do PMDB lamentaram a decisão do procurador-geral da República , Roberto Gurgel, de arquivar nesta segunda-feira as denúncias contra o ministro da Casa Civil, Antônio Palocci. Um dos que não esconderam a decepção foi o senador Pedro Simon (PMDB-RS). Ele estava apenas aguardando o pronunciamento do Ministério Público para decidir se apoiará ou não o requerimento de criação de uma CPI para investigar as suspeitas de que Palocci teria feito tráfico de influência durante suas atividades como consultor.
- Lamento, mas respeito a decisão do procurador. Minha tendência agora é assinar a CPI - adiantou Simon.
Surpreso com a decisão de Gurgel, o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) anunciou que deverá se reunir nesta trerça-feira com os demais representantes do chamado G-8 - oito representantes da bancada peemedebista que se classificam como independentes - para decidir se assinará ou não o requerimento de CPI proposto pela oposição.
- Se eu adiantar uma posição, estaria enfraquecendo o nosso movimento - afirmou Ferraço.
O líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto, também lamentou a decisão, alegando que o assunto ainda não foi esclarecido.
- Com todo o respeito ao procurador, eu acho a decisão lamentável e inexplicável, porque não há nada que justifique o arquivamento. Pelo contrário. Nós precisamos de investigação. O que nós percebemos é que temos mais dúvidas e os esclarecimentos não foram dados até agora - disse o deputado, afirmando ainda que a oposição continuará tentando instalar a CPI e ouvir o ministro no Congresso.
- Vamos continuar o que estamos fazendo: lutar para ouvir o ministro na Câmara, fazer a valer a convocação aprovada semana passada. Além disso, vamos continuar o esforço de mobilização para instalar a CPI.
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